
Dias depois de a cidade realizar sua 1ª Conferência Municipal de Direitos Humanos (que reuniu 105 participantes, aprovou 18 propostas e elegeu 18 delegados), a Guarujá Previdência, a autarquia responsável pela previdência social dos servidores públicos municipais de Guarujá, reforça um ponto essencial: a proteção previdenciária integra o núcleo duro dos direitos humanos e é condição prática para uma velhice digna dos servidores e de suas famílias.
A Constituição de 1988 reconhece a previdência como direito social e organiza a seguridade para garantir amparo nas fases e contingências da vida. Em linguagem simples: aposentadorias e pensões não são favores — são prestações devidas pelo Estado para que a dignidade da pessoa humana não se perca justamente quando mais precisa de proteção. A literatura jurídica recente vai na mesma direção ao tratar a previdência social como direito fundamental e, inclusive, como expressão dos direitos da personalidade, isto é, um desdobramento da dignidade que acompanha cada pessoa durante todo o ciclo de vida.
Esse entendimento tem consequências práticas: ele impõe deveres concretos ao poder público (planejamento atuarial, governança, transparência, cobrança de contribuições devidas e educação previdenciária contínua) para que o benefício chegue com regularidade e valor adequado. A dignidade da pessoa humana, alçada pela Constituição a valor supremo do Estado Democrático de Direito, funciona aqui como vetor que orienta políticas e decisões na previdência, conectando inclusão social, mínimo existencial e combate às desigualdades.
No plano internacional, o Brasil assumiu compromissos claros: a Declaração Universal dos Direitos Humanos (arts. 22 e 25) e o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (art. 9) tratam do direito à segurança social; a Convenção Americana de Direitos Humanos e sua agenda social reforçam o dever de proteção contra a vulnerabilidade na velhice. Em termos locais, isso se traduz no cotidiano: atender bem, orientar com precisão, manter cadastro atualizado, assegurar o fluxo financeiro e decidir com base em critérios técnicos são etapas do mesmo caminho — garantir que cada servidor municipal envelheça com dignidade.
A Conferência de Direitos Humanos recolocou a pauta no centro da cidade. A Guarujá Previdência, por sua vez, leva esse compromisso para o dia a dia: ao reconhecer que previdência é direito humano, a autarquia reafirma seu papel institucional — proteger quem dedicou anos de trabalho ao serviço público e assegurar que o direito à aposentadoria não seja apenas um texto na lei, mas um direito vivo, sustentado por gestão responsável e respeito à dignidade de cada pessoa.
GuarujáPrev: Cuidando de quem cuida de Guarujá.