Investimentos da Guarujá Previdência ficam 30% acima da meta em 2016
Patrimônio cresce mais de R$30 milhões e fortalece o caixa da autarquia para o pagamento de benefícios
Jeferson Peres

De janeiro a novembro de 2016, o patrimônio aumentou em mais de R$30 milhões apenas com rendimentos dos investimentos.
O cenário político e econômico turbulento de 2016 não foi capaz de impedir o crescimento do patrimônio da Guarujá Previdência para o pagamento de benefícios previdenciários. De janeiro a novembro desse ano, os investimentos da autarquia renderam mais de 30 milhões de reais. O patrimônio já conta com R$251.848.507,46 em caixa.
Anualmente, a autarquia tem o compromisso de alcançar metas de rentabilidade. Para 2016 o objetivo era perseguir o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais 6%. Essa é meta mínima exigida pela Secretaria de Previdência Social do Ministério da Fazenda.
Até novembro, a rentabilidade acumulada para o ano registrou crescimento de 15,93%, mediante uma meta atuarial de 12,22%, resultado 30,41% além do alvo.
Para Felipe Affonso, diretor executivo da Crédito & Mercado, empresa que presta consultoria à autarquia, o resultado é satisfatório em um ano com um cenário econômico muito difícil. “É uma decorrência da condução positiva da política de investimentos da Guarujá Previdência”, diz Felipe.

A apresentação da política de investimentos de 2017 para o Conselho de Administração da Guarujá Previdência. Na foto: Felipe Affonso (esq.), Nelson de Sousa, do comitê de investimentos, e a presidente da autarquia.
“Pela legislação, esse dinheiro tem que ser aplicado no mercado financeiro. É uma obrigação legal, não uma prerrogativa do gestor. O objetivo da política de investimentos é buscar a rentabilidade desses valores para assegurar o pagamento dos benefícios previdenciários agora e no futuro”, explica o consultor.

Felipe Affonso, diretor executivo da Crédito & Mercado. Para ele, 2017 será um ano de desafios na área de investimentos.
Para ele, 2017 trará muitos desafios nessa área. “Quanto menor for a atratividade dos títulos públicos, mais precisaremos olhar para outras alternativas de investimento. Isso pode ficar mais evidente se houver uma trajetória de queda da taxa básica de juros, a Selic. A diretoria executiva, os conselhos e o comitê de investimentos devem permanecer muito atentos a isso”, completa o executivo.